Serj Tankian volta a criticar Imagine Dragons e acusa banda de “atitude hipócrita”

Redação 89

Serj Tankian volta a criticar Imagine Dragons e acusa banda de “atitude hipócrita” imagem divulgação

Serj Tankian, vocalista do System Of A Down, usou suas redes sociais na noite desta quinta-feira (04) para emitir uma resposta aos comentários de Dan Reynolds, do Imagine Dragons, sobre a posição da banda de se apresentar no ano passado no Azerbaijão.

O grupo de Las Vegas foi alertado por Tankian que fazer um show nesse país acusado de gerar uma catástrofe humanitária, só fortaleceria seu governo tirano. No entanto, os caras não deram a mínima para ele e realizaram o concerto por lá.

Tankian chegou a dizer recentemente que não considera os integrantes da banda como seres humanos depois dessa atitude. No início desta semana, Reynolds explicou a decisão de tocar no Azerbaijão numa entrevista à Rolling Stone. “Não acredito em privar nossos fãs que querem nos ver tocar por causa dos atos de seus líderes e seus governos”, disse ele.

Reynolds completou: “Acho que é um terreno muito escorregadio. Acho que no segundo em que você começa a fazer isso, há líderes corruptos e belicistas em todo o mundo, então: onde você traça a linha?”.

Em sua nova manifestação, o vocalista do SOAD escreveu: “Respeitosamente, eu desenho a linha da limpeza étnica e do genocídio. A ditadura do Azerbaijão já mantinha um bloqueio de fome de 9 meses em Nagorno-Karabagh qualificado como genocídio pelo ex-promotor [do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno Ocampo] quando eles [imagine Dragons] decidiram tocar em Baku [capital do país].

Para refutar o argumento, Tankian comentou: “Eles tocariam na Alemanha nazista? Por que não querem tocar na Rússia? Porque não é popular? Eles apoiam a Ucrânia, mas não os armênios de Artsakh? O único ‘terreno escorregadio’ é a equivalência moral farsa no centro dessa atitude hipócrita”. O cantor acrescentou: “Não tenho nada contra esse cara nem sua banda. Eu só odeio artistas que tiram vantagens para maquiar ditaduras genocidas”.

Essa discussão entre dois grandes nomes da música ocorrem em meio a debates sobre a ética dos artistas de realizar shows em países com climas políticos controversos, ressaltando a tensão entre expressão artística e responsabilidade política, o que leva para uma profunda divisão dentro da comunidade musical como nunca antes ocorreu.



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