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Ouça entrevista do Silversun Pickups para a 89 no Lollapalooza

Willian Maier

Ouça entrevista do Silversun Pickups para a 89 no Lollapalooza imagem divulgação

Uma das grandes atrações da edição 2017 do Lollapalooza aqui no Brasil foi a banda californiana Silversun Pickups.

Antes da apresentação deles no domingo, 26 de março, no Palco Axe do Lolla, a equipe de reportagem da 89 conversou com o grupo.

Utilize o player abaixo e curta a entrevista:

Aqui a transcrição da entrevista:

89FM: Quais eram as suas expectativas para tocar no Brasil?

BRIAN AUBERT: Eu não sei, mas o público pode esperar uma banda muito feliz por tocar aqui no Brasil. O nosso primeiro show na América do Sul foi em Bogotá e foi insano. Ouvimos que as pessoas do Brasil e da Argentina são muito apaixonadas, intensas e abertas a diferentes tipos de arte. Vai ser divertido, pelo menos para nós.

89FM: Por que o álbum Better Nature é especial?

BRIAN AUBERT: É o primeiro álbum que depois de pronto nós pensamos “eu até que gostei desse”, o que normalmente isso não acontece. Os nossos discos são quase que uma continuação um do outro já que escrevemos álbuns de três em três anos e isso é um tempo significativo para uma pessoa crescer. Então Better Nature representou muito bem a época que a gente estava e o que estava acontecendo no mundo.

89FM: Sobre o Donald Trump (presidente atual dos EUA), vocês acham que os Estados Unidos vão mudar de alguma forma?

BRIAN AUBERT: Sim, parece que estamos dentro de um grande filme de ficção científica. Quando ele tomou posse nós estávamos em Londres, parecia o The Walking Dead, todo mundo estava chocado. Eu acredito que há um pêndulo em tudo, se algo muito forte está vindo de um lado, significa que outra força está vindo na direção contrária bem mais forte do que podemos esperar. Nós fomos do Bush para o Trump, então quem pode imaginar o que vai vir do outro lado? Vai ser glorioso!

CHRISTOPHER GUANLAO: Talvez tudo fique bem doido e liberal, temos que esperar pra ver….tudo muda muito rápido, de hora em hora em Washington D.C, a gente pode olhar no Twitter e ver que uma bomba acabou de explodir. Daqui alguns meses vamos ver se esse governo fica ou se vai ser algo que vai eclodir.

BRIAN AUBERT: No final do dia não importa se você é liberal ou conservador, tudo se trata de direitos iguais e sociais e nós defendemos isso.

89FM: Qual é a opinião de vocês sobre a cena musical atual de Los Angeles?

BRIAN AUBERT: Los Angeles é meio parecida com São Paulo ou a Cidade do México, essas cidades são tão grandes que você poderia passar sua vida inteira tentando descobri-las, por terem muitos hot spots. Eu não acompanho muito bem a cena atual como antigamente, mas sempre achei Los Angeles bem “Wild West”, por

antigamente ser mais barato e qualquer banda podia ir lá sem se preocupar muito. Nós vimos alguns movimentos se formarem na cidade, onde todos ouviam a mesma coisa mas tocavam coisas diferentes. Isso é ótimo porque você não quer viver e morrer em uma única cena.

89FM: Qual é o maior desafio que vocês enfrentaram como banda?

BRIAN AUBERT: Quando a Nikki estava grávida de gêmeos em 2012. Ficou dez meses parada sem participar da banda e então tivemos alguns amigos que tocavam baixo, bem mal por sinal, que tentavam substituí-la.

NIKKI MONNINGER: Acho que um desafio hoje em dia é como se adaptar aos meios de streaming. Nós somos muito sortudos por estarmos nisso há bastante tempo e estabilizados.

BRIAN AUBERT: Acho nosso som muito orgânico e “old school”, as pessoas permitem a gente tentar continuar se desenvolvendo.

NIKKI MONNINGER: É muito fácil uma banda nova “sair por aí” porque existem muitas avenidas, mas você precisa achar uma rua para fazer dinheiro e essas bandas novas podem fazer isso direto de seus laptops.

89FM: Quais são os planos futuros do Silversun Pickups?

BRIAN AUBERT: A gente espera fazer muitos shows e vamos fazer turnês este ano. Quando a turnê do Better Nature acabar, nós vamos parar, ver nossos filhos e depois voltar ao estúdio.

89FM: Vocês já tocaram no Lollapalooza Chicago. Podem falar um pouco sobre a experiência do festival?

BRIAN AUBERT: Uma coisa engraçada sobre o Lollapalooza Chicago é que ele fica no meio da cidade e é possível ver tudo ao redor. Tem um festival em Montreal que chama Osheaga e é um dos maiores do mundo e é famoso por ter as comidas mais insanas da história. Literalmente, todas as bandas ficam tristes por ter que tocar. Tem chefes de cozinha para todo lado e as pessoas só falam disso. No dia seguinte em Chicago, enquanto comemos um cachorro quente e batatas frita, o comentário é sobre as fotos do que as pessoas comem (risos).

NIKKI MONNINGER: O ponto que o Brain falou sobre o festival ser no meio da cidade de Chicago é incrível. Eu fui para o museu antes de tocarmos e a cidade tem uma energia única.

BRIAN AUBERT: É estranho um festival ser no meio da cidade! O Lollapalooza aqui no Brasil eu tenho a sensação que estamos afastados. O Coachella também é em

um lugar muito afastado. Mas o Lolla Chicago é literalmente na cidade e talvez seja estranho para a população. Imagine um Lollapalooza no Central Park em Nova York.

NIKKI MONNINGER: É estranho quando você está a caminho do palco no trânsito da cidade (risos).



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