Colibri dá sequência à sua trilogia com “3R [pt. II]” e mergulha em novas experimentações sonoras
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O bom e velho rock nacional segue vivo e pulsante com o novo lançamento da banda baiana Colibri. Dando continuidade à trilogia iniciada com “3R [pt. I]”, o grupo acaba de soltar “3R [pt. II]”, um disco que reflete a constante reinvenção da banda. O projeto nasceu durante a pandemia, quando os integrantes se isolaram em Cachoeira do Itanhy, na Bahia, transformando o período em um intenso laboratório criativo. Agora, esse segundo capítulo chega com uma sonoridade ainda mais densa e exploratória, traduzindo os questionamentos e transformações que marcam o mundo contemporâneo.
A nova fase da Colibri também traz mudanças na formação. Com as saídas de Levi Vieira (guitarra) e Victor Vogel (bateria), a banda recebe Paulo Tiano na bateria e Paulo Pitta no saxofone, ampliando seu espectro sonoro. O resultado? Um caldeirão que mistura rock progressivo, pós-punk, jazz experimental, folk, dream-pop e música eletrônica, sem amarras e com total liberdade criativa. “A arte pode cristalizar sentimentos e ajudar a processar esse período louco com novos e mais leves ares”, comenta José Neto, vocalista e principal compositor.
Além da nova configuração, o álbum traz participações especiais que reforçam essa diversidade musical. “The Roadhouse, pt. II” promove um encontro entre rap e rock com os rappers Galf AC, Dubzoro e Alfão, enquanto “Boca que Quis” ganha um toque poético e etéreo com a voz de Bianca Gonzales (Noite Suíte). Já “Cuban Coffee” destaca o sax de Paulo Pitta, trazendo uma tensão sonora que dialoga com a alienação moderna. O álbum foi gravado ao longo de oito meses entre 2023 e 2024 nos estúdios Cremenow e Mangus, sendo lançado de forma independente com distribuição da OneRPM.
Com “3R [pt. II]” nas ruas, a Colibri já se prepara para cair na estrada com shows marcados para Salvador, Aracaju, Feira de Santana e Alagoinhas no segundo trimestre. Além disso, um documentário e uma live especial estão a caminho para acompanhar esse lançamento. E tem mais: a banda segue no estúdio finalizando o último capítulo da trilogia, previsto para 2025. Se o som da Colibri já mostrava inquietação, esse novo disco só reforça que a banda está em sua melhor fase.