Roger Waters discursa na ONU e pede prioridade para a paz mundial

Roger Waters, ex-baixista do Pink Floyd, voltou a causar impacto no cenário político internacional. O músico de 81 anos discursou virtualmente no Conselho de Segurança da ONU, em uma reunião realizada esta semana, em Nova York, sobre a guerra na Ucrânia, onde fez um apelo pela paz e criticou o papel de líderes ocidentais no prolongamento do conflito.
Waters, que vestia uma bandeira da Palestina presa à lapela, iniciou seu discurso ironizando questionamentos sobre suas credenciais para falar sobre política internacional. “Eu posso ser apenas um músico, mas estou aqui para falar sobre guerra, paz e amor, e minhas credenciais são essas”, afirmou.
No pronunciamento, o ex-Pink Floyd condenou a invasão russa, mas afirmou que a guerra poderia ter sido evitada por meio da diplomacia. Waters direcionou críticas ao ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson, acusando-o de ter impedido negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e ter apostado no prolongamento da guerra.
Surpreendentemente, o músico elogiou Donald Trump e Vladimir Putin, dizendo que ambos estariam iniciando “negociações de bom senso” para encerrar o conflito. Apesar das polêmicas, Waters expressou esperança. “Talvez haja um vislumbre de luz no final deste túnel escuro de guerra”, afirmou, enfatizando que os líderes globais devem priorizar a paz.
Embora seu discurso tenha se concentrado na guerra do Ucrânia, Waters também fez um comentário passageiro sobre a Palestina, dizendo: “A Palestina não é realmente uma guerra, é? Não me façam falar sobre isso”, atirou o músico, reconhecido por seu forte apoio à causa palestina.