Kerry King defende shows mais curtos e explosivos

Se o Metallica é conhecido por suas apresentações épicas que ultrapassam as duas horas de duração, o Slayer segue uma filosofia bem diferente. Segundo o guitarrista Kerry King, o impacto da música da banda não exige shows tão longos, já que a energia bruta do thrash metal pede apresentações mais intensas e diretas ao ponto.
Em entrevista ao Talk Louder Podcast, transcrita pelo Ultimate Guitar, King explicou que o Slayer sempre priorizou a explosão sonora em vez da duração estendida. Ele usou como exemplo o clássico “Reign in Blood”, álbum de 1986 com menos de 29 minutos de pura agressividade. “É tão furioso que não precisa de mais nada. Se tivesse qualquer outra coisa, poderia ser demais”, afirmou o guitarrista.
Essa lógica também se aplica às performances ao vivo. O Slayer sempre manteve seus shows na casa dos 90 minutos, mesmo quando cogitaram aumentar a duração. “Mesmo no fim da carreira da banda, nunca passamos muito desse tempo, porque qualquer coisa além disso é simplesmente demais”, revelou King.
O músico ainda comparou com o Metallica, que consegue alongar seus sets por ter baladas e músicas mais lentas. “Nós não temos isso. Se o Slayer tocar uma hora e 45 minutos, mesmo que sejam só 15 minutos a mais, a sensação muda completamente. A galera fica exausta. Não porque não gostaram, mas porque não têm mais nada a dar”, declarou.
Atualmente, o Slayer se dedica a apresentações selecionadas em festivais, mantendo sua marca registrada: shows curtos, intensos e absolutamente destrutivos. Afinal, quando se trata de Slayer, menos é mais – e mais brutal também.