Projetos de lei que proíbem músicas com apologia ao crime avançam pelo Brasil

Redação 89

Projetos de lei que proíbem músicas com apologia ao crime avançam pelo Brasil Imagem criada via DALL·E

O debate sobre músicas que fazem apologia ao crime ou às drogas ganhou força nas últimas semanas com a tramitação de PLs em 12 capitais brasileiras. Conhecida como “Lei anti-Oruam”, a proposta teve origem em São Paulo, pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), e já foi protocolada em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

Segundo a Folha de S. Paulo, o PL n° 4/2025, em análise na Assembleia Legislativa de São Paulo, estabelece punições para funcionários que desrespeitarem a regra em eventos voltados ao público infantojuvenil. Segundo o texto, a ideia é “proteger os estudantes de influências que possam incitar comportamentos violentos, destrutivos ou irresponsáveis”.

O nome do projeto de Vettorazzo é uma citação direta ao rapper Oruam, que possui uma legião de fãs no Spotify e que acumula polêmicas, incluindo a aparição em um show com uma camiseta estampando seu pai, Marcinho VP, um dos chefes do Comando Vermelho. A vereadora também criou um site chamado “Lei anti-Oruam” para incentivar a adoção da medida em outras cidades.

Além das câmaras municipais, a discussão chegou ao Congresso Nacional. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) propôs um projeto semelhante e já conta com mais de 40 assinaturas. No Senado, a iniciativa partiu de Cleitinho (Republicanos-MG), reforçando a tentativa de transformar a proposta em lei federal.

O projeto divide opiniões entre quem vê a medida como uma forma de proteger os jovens e aqueles que consideram a proposta uma tentativa de censura à música e à cultura popular.



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