“Nem toda banda funciona como uma democracia”, diz ex-baixista do Megadeth

Redação 89

“Nem toda banda funciona como uma democracia”, diz ex-baixista do Megadeth Foto: Anthony Frisketti (divulgação)

O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, soltou o verbo sobre a dinâmica interna das bandas em uma nova entrevista ao The Good The Band & The Ugly. O músico destacou como alguns grupos dividem tudo de forma igualitária, enquanto outros concentram os royalties em poucos membros. Ele sugeriu – conforme transcrição da Blabbermouth – que esse tipo de situação gera diversas tensões internas: “As bandas geralmente começam dessa maneira [dividindo tudo], mas nem sempre terminam assim”. Ele acrescentou que o “Confie em mim” é extremamente perigoso.

O baixista ressaltou: “Nem toda banda opera como uma democracia. Sempre tem que haver um líder. E ser o líder nem sempre é um concurso de popularidade. Você precisa estabelecer regras e tomar decisões, o que separa músicos profissionais daqueles que apenas tocam nos finais de semana”.

Ellefson, que foi cofundador do Megadeth, deixou a banda em 2000 e retornou em 2010, mas já sem o mesmo status de antes. Ele revelou que, em 2004, recusou voltar ao grupo por discordar das condições oferecidas. “Ir de um coproprietário cofundador para apenas um músico secundário foi inicialmente o motivo pelo qual eu não voltei”, afirmou.

Com o tempo, ele passou a enxergar vantagens em ser apenas um sideman, alegando que isso ajudou a preservar sua amizade com Dave Mustaine, líder do Megadeth. “Para ter uma amizade, tive que desistir de alguma propriedade”, disse o baixista, que acabou demitido da banda em 2021 após um escândalo sexual.

A fala de Ellefson levanta a questão: as grandes bandas de rock são lideradas por visionários ou ditadores? O equilíbrio entre comando e colaboração sempre foi um desafio no meio musical, e a história está cheia de líderes que mantiveram suas bandas sob rédeas curtas, com ou sem consenso.



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