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Andreas Kisser: “O fã de heavy metal é um dos mais chatos que tem”

Redação 89

Andreas Kisser: “O fã de heavy metal é um dos mais chatos que tem” Reprodução YouTube

Em uma entrevista sem papas na língua para o podcast Corredor 5, apresentado por Clemente Magalhães, Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, soltou o verbo sobre o comportamento de parte dos fãs de metal que se recusam a aceitar as transformações na música.

“O fã de heavy metal é muito chato, cara. É um dos caras mais chatos que tem, porque tá sempre comparando. ‘Ah, o cara não fez aquela nota ao vivo, não sei o quê’. O fã de Sepultura nem tanto, mas o fã metal técnico está sempre preocupado com se vai tocar não sei o quê e esquece de curtir o momento, o show. Está sempre preso no que foi no passado, no disco”, disparou, conforme transcrição feita pelo Whiplash.Net.

Andreas destacou a importância de viver o presente. “O objetivo é o agora. O que a gente sente — dor, sono, vontade de ir ao banheiro — é tudo agora. Não é amanhã nem ontem. É hoje”. Ele ainda usou Bob Dylan como exemplo para defender a evolução artística: “O disco é só um registro de um momento, ele não é a verdade definitiva. Ele é um registro de um momento, daquele presente. E p*rra, as músicas evoluem. Vê o Bob Dylan fazendo um show, por exemplo. O cara toca o que ele quiser, no arranjo que ele quiser. Não é porque foi gravado em 1968 que ele vai fazer igual. É o presente, é respeitar o presente.”

Ao falar sobre liberdade criativa, deixou claro que não se limita a expectativas alheias: “Cara, com todo respeito, o fã que se foda, mano! Porque, cara, qual que é o fã do Sepultura? Tem tia, tem gente que acompanha há 40 anos, gente que começou a ouvir ontem, tem cara que curte reggae, tem surfista, tem ator de TV. Não tem um estereótipo de fã do Sepultura. Como você vai fazer arte e música pensando no fã? Isso não é arte, isso é uma outra forma de escravidão.”

A entrevista na íntegra pode ser conferida no player abaixo:



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