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“O rock deixou de ser o som da juventude”, dispara guitarrista do Twisted Sister

Redação 89

“O rock deixou de ser o som da juventude”, dispara guitarrista do Twisted Sister imagem divulgação

Jay Jay French, guitarrista do Twisted Sister, reascendeu a discussão sobre a “morte do rock”numa recente entrevista ai podcast Barstools & Bandtalk. De acordo com ele, o gênero pode até estar vivo, mas deixou de ser o reflexo da juventude.

French comparou o cenário atual com a era de ouro do rock: “Quando eu tinha 17 anos, em 1969, meus heróis — Beatles, Stones, Who, Zep, Hendrix — tinham no máximo 10 anos a mais que eu. Agora, me diga: qual é a grande estrela do rock de 27 anos hoje? Você não vai encontrar” (via Loudwire).

Para ele, o problema não é a falta de bandas, mas o fato que o rock perdeu o impacto sociocultural que moldava gerações. “O que domina hoje? Hip-hop, country, pop feminino. Você pode achar 20 rappers com menos de 25 anos, você pode achar 20 cantoras pop com menos de 25 anos, você pode achar uma tonelada de artistas country. Mas você não vai achar muitos músicos de rock.”

French reconhece que o gênero não vai desaparecer, mas acredita que ele se tornou um nicho: “Bem, tivemos um período de 55 anos [com o rock]… A Big Band teve 20 anos e o jazz um período de outros 20 anos…. A disco teve um período de sete anos. Então tudo meio que vira como um produto de nicho. Isso significa que a discoteca não está por perto? Não, a discoteca está por perto para certas pessoas que gostam de ouvir música disco. Você pode encontrar o canal e ouvi-la o dia todo, mas ela não está impactando o mundo. A mesma coisa com o jazz e a música clássica. Sempre vai vender, sempre haverá pessoas comprando — maravilhoso — mas a juventude da América não está absorvendo e dizendo: ‘Isso reflete quem somos.'”

Para o integrante do Twisted Sister, o problema é que o impacto sociológico da música nos dias de hoje não está aparecendo no cenário do rock em termos de aceitação em massa.



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