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Furiosa: o retorno triunfal ao mundo pós-apocalíptico de Mad Max

Redação 89

Furiosa: o retorno triunfal ao mundo pós-apocalíptico de Mad Max imagem divulgação

Por Letícia Monteiro

Depois do sucesso em 2015 com Mad Max: Estrada da Fúria, que foi ganhador de 6 oscars, George Miller volta com tudo apresentando a odisseia da Furiosa nas telonas do cinema. Essa prequel traz diversas referências ao universo criado por Miller e conta com 2 horas e 28 minutos de pura adrenalina.

No longa, acompanhamos a origem da Furiosa e sua jornada frenética em busca de vingança, após ter sido sequestrada quando criança por um grupo de homens crueis, seguidores do Dementus (Chris Hemsworth), o principal antagonista da história.

Furiosa faz uso de todo o trauma e perdas que viveu como combustível para voltar ao seu lar, conhecido como “O Lugar Verde”, um paraíso secreto, repleto de fauna e flora, habitado por uma comunidade bondosa e esperançosa, algo que é muito difícil de se encontrar em um mundo seco, escasso, sem vida e cheio de violência.

A personagem mostra ser determinada, estratégica e inteligente desde muito cedo. Alyla Browne faz um trabalho incrível como a pequena Furiosa e conseguimos ver o ódio e a raiva começarem a tomar conta de sua mente apenas por suas expressões.

Após anos lutando para sobreviver, vemos ela amadurecer rapidamente e a partir desse momento Anya Taylor-Joy assume o papel da futura Imperatriz. A sua performance é brilhante e hipnotizante, ela conseguiu captar toda a feracidade da Furiosa de Charlize Theron e mesmo sem muitas linhas de diálogo, os espectadores são capazes de sentir a sua fúria silenciosa por meio de olhares penetrantes.

Chris Hemsworth surpreende com uma atuação aterrorizante e caricata na medida certa. O vilão Dementus é imperdoável e doentio, realmente um adversário páreo para nossa heroína; por meio dele, Hemsworth prova para todos que é muito mais do que apenas o Deus do Trovão.

As cenas de corrida nas estradas de areia são épicas e dignas do universo de Mad Max. As batalhas ao som de uma trilha sonora épica, assinada pelo compositor Tom Holkenborg, não deixam a desejar. Os efeitos especiais também são ótimos e as lutas muito bem coreografadas, mas, apesar de tudo isso, sinto que as cenas de perseguição não foram tão icônicas quanto as do longa-metragem antecessor.

Entretanto, Furiosa é uma filme muito mais brutal do que Estrada da Fúria, mas não só por conta da violência extrema, mas também pela carga emocional de assistirmos a heroína perder absolutamente tudo de bom em sua vida e mesmo assim tendo que seguir em frente e lidar com esse novo mundo hostil. Ela aprende diversas lições no meio do deserto árido, que ajudam ela a se tornar a Imperatriz durona que conhecemos.

O final mostra que ela ainda tem um bom caminho para percorrer e vemos isso na última cena, que faz a ligação perfeita com Mad Max: Estrada da Fúria.



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