Estudo mostra que brasileiro supera média mundial no consumo de música

A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que representa a indústria da música gravada em todo o mundo, lançou o relatório “Engaging with Music 2023”, estudo global que examina como as pessoas se envolvem, acessam e se sentem em relação à música.

O relatório ouviu mais de 43 mil indivíduos em 26 países, representando a maior pesquisa global com este tipo de enfoque. O documento é acompanhado por um recorte do mercado brasileiro, divulgado pela Pro-Música, entidade que reúne as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.

O levantamento revela que o tempo médio de consumo de música no mundo atingiu um novo recorde: 20,7 horas por semana. No entanto, os brasileiros superam a média mundial, com 24,9 horas semanais ouvindo música.

Um recorte importante é o relacionado à inteligência artificial (IA). No mundo 79% concordam que a criatividade humana é essencial para a criação musical. No Brasil, este dado sobe 85%. Os dados globais apontam que 74% das pessoas que conhecem as capacidades musicais da IA concordam que a tecnologia não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização. No Brasil, 70% dos consumidores de música acham que a IA não deve ser utilizada para esse tipo de fraude.

A pesquisa indicou ainda que globalmente os fãs ouvem em média mais de 8 gêneros musicais diferentes. Enquanto aqui no Brasil são mais de 10 gêneros musicais diferentes ouvidos, em média. No recorte global, 71% dizem que a música é importante para a saúde mental. Já em solo brasileiro, 83% das pessoas afirmam o mesmo.

Um dado preocupante no qual o Brasil se sobressaiu foi em relação à pirataria. No mundo, 29% usam meios não licenciados ou ilegais para ouvir ou obter música. Aqui no Brasil esse número é muito mais alto: 47% dos consumidores de música utilizam métodos ilegais ou não licenciados.

Redação 89: