Roger Waters retorna ao Brasil em 2023 para uma série de shows, diz jornalista
Roger Watrers, ex-baixista do Pink Floyd, é mais um dos grandes nomes internacionais que deverão desembarcar no Brasil para apresentações ao vivo ao longo de 2023. A informação de que o veterano músico fará shows em território tupiniquim foi ventilada na noite desta segunda-feira (13) pelo jornalista José Norberto Flesch, que é conhecido por antecipar anúncios de importantes eventos.
Utilizando seu canal no YouTube, Flesch comentou que Waters estará entre os brasileiros no final de novembro e início de dezembro do ano que vem. No entanto, disse que ainda não há locais e datas definidos. “Ele gosta de fazer turnês longas, ele gosta muito do Brasil”, ressaltou o jornalista, sugerindo que Waters deverá acertar uma agenda que contemplará diversas cidades brasileiras.
A última turnê do ex-Pink Floyd, Us + Then, que promoveu seu mais recente álbum de estúdio Is This a Life We Really Want, passou pelo Brasil em outubro de 2018 e causou grande ruído na mídia com uma entrevista de Waters publicada pelo Brooklyn Vegan, na qual ele revelou ter recebido ameaça de prisão ao se juntar ao movimento #EleNão, contrario à eleição do então candidato à presidência Jair Bolsonaro.
“Eu queria visitar Lula quando chegamos ao sul, onde ele estava na prisão e o juiz local [uma juíza] me negou essa oportunidade. Porque era um momento muito sensível, estava chegando à eleição”, disse o músico, afirmando ainda que “o colocaram na prisão [Lula] sob acusações falsas de corrupção”. A respeito de ameaças que teria recebido no Brasil, disse que sua segurança sugeriu que ele mudasse de hotel no Rio de Janeiro, mas recusou.
O conteúdo político das apresentações de Waters ao longo da turnê Us + Then causou uma espécie de rixa em sua base de fãs, no entanto, ele não se surpreende com o fato de alguém que diz gostar do Pink Floyd posicione-se contrário ao que ele apresenta em seus shows. “As pessoas dizem ‘eu não vim aqui para ouvir sua política’. E eu pergunto: ‘então, por que você veio?’. Você não precisa concordar com a política! Então, as pessoas saiam dos shows na América do Norte reclamando ou exigindo seu dinheiro de volta [na época seu show era totalmente contrário ao então presidente Donald Trump]. E isso ocorreu porque elas não tinham ideia de quem eu sou ou o que eu faço. Elas apenas pensavam que sabiam, e descobriram que não sabiam”, disse Waters.
O músico, nessa mesma entrevista, ainda citou a página do Pink Floyd no Facebook com 30 milhões de seguidores – a qual ele não administra – e sugeriu que seria interessante que as pessoas que estão lá se perguntassem: “Por que eu curto o Pink Floyd?”.