Peter Buck, ex-guitarrista do R.E.M., revelou em uma nova entrevista que a popularidade da banda “tirou um pouco do seu prazer” de se apresentar. Falando para a Classic Rock, ele relembrou a explosão ao estrelato mundial que vivenciou ao lado de seus companheiros musicais durante o início dos anos 1990.
“Quando fica muito grande [o sucesso], não sei se alguém realmente gosta disso. Quando as coisas não-musicais se tornaram muito intensas, isso tirou um pouco do prazer para mim”, disse o músico, referindo-se às apresentações ao vivo do R.E.M..
Ele completou: “Você meio que acorda e diz: ‘Deus, eu realmente não quero que hoje alguém me fotografe. E eu não quero fingir ser um ator em algum vídeo onde eu não posso atuar’. Eu amei estar em Glastonbury e tocar na frente de muitas pessoas e vender vários milhões de discos, mas nunca foi a razão pela qual eu fiz isso”.
Quando questionado se o R.E.M. parou na hora certa, respondeu: “Acho que sim. Os dois últimos discos [‘Accelerate’, de 2008, e ‘Collapse Into Now’, de 2011] foram muito fortes. Mas eu senti que, não importa o quão bom fosse o nosso último álbum, não era mais o nosso tempo. E isso é justo, eu entendo isso. E tivemos sorte. Na última turnê que fizemos, ainda estávamos tocando para grandes públicos. Fomos para a América do Sul e parecíamos ser os Beatles. Então todo mundo sentiu que, sim, aquele era um ponto de parada muito bom”.
Buck diz ainda que não se interessou em buscar algum tipo de “grandeza musical” após a dissolução do R.EM.: “Tudo o que eu realmente quero fazer é escrever minhas músicas, tocá-las e gravá-las”.