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Pink Floyd: comentários políticos de Roger Waters emperram venda de catálogo musical

Redação 89

Pink Floyd: comentários políticos de Roger Waters emperram venda de catálogo musical imagem divulgação

Pink Floyd está desde o início deste ano negociando a venda dos direitos de seu catálogo de músicas e já chegou a conversar com Sony Music, Warner, BMG, Primary Wave, Hipgnosis Songs Capital, entre outros grandes grupos de investimentos.

As cifras dessa negociação devem romper a casa dos 500 milhões de dólares, mas os compradores podem ter ficado mais hesitantes após ouvirem os recentes comentários políticos de Roger Waters. Recentemente, o ex-baixista da banda tem se metido em delicados assuntos internacionais sobre Israel, Síria, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia.

Segundo apurou a Variety, várias questões financeiras, econômicas e fiscais, incluindo o valor em declínio da libra britânica, podem ter criado complicações em torno da venda do catálogo do Pink Floyd. Mas as declarações políticas de Waters têm um peso enorme para emperrar a negociação. Durante anos, ele falou sobre política na imprensa e em seus concertos, no entanto, a nova entrevista para a Rolling Stone, na qual chega dizer, entre outras coisas, que está na “Lista da Morte” da Ucrânia, pode ter um impacto muito negativo. A reportagem da Variety diz que os comentários de Waters não eliminam alguns potenciais compradores, mas ouviu de fontes que pelo menos um dos investidores pode sair por causa do posicionamento do músico e, no mínimo, isso parece diminuir o valor da transação.

Mesmo não negociando em definitivo seu catálogo, o Pink Floyd ainda ganha um caminhão de dinheiro com suas músicas. O site Music Business Worldwide explica que alguns álbuns clássicos, como Wish You Were Here (1975) são de propriedade da Pink Floyd Music Ltd., sem nenhum parceiro musical. Já outros trabalhos importantes, como Dark Side Of The Moon (1973), The Wall (1979) e The Division Bell (1994) – estão listados com grandes corporações. Isso é um indicativo, segundo a página, que o Pink Floyd tem mais controle sobre seu catálogo do que outros artistas que permanecem sob acordos de licenciamento com grandes gravadoras.



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