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Show “O Tempo Não Para”, de Cazuza, chega ao digital com sete gravações inéditas

Redação 89

Show “O Tempo Não Para”, de Cazuza, chega ao digital com sete gravações inéditas imagem divulgação

Chegou às plataformas digitais neste 4 de abril, dia em que Cazuza completaria 64 anos, o show “O Tempo Não Pára”, gravado no Canecão, no Rio de Janeiro, em outubro de 1988.

O lançamento inicia as comemorações dos 65 anos do saudoso cantor, que serão completados no ano que vem, e também integra a campanha REVIVA CAZUZA, iniciativa de Lucinha Araújo, mãe do artista, e da Sociedade Viva Cazuza, que pretende chancelar e estimular ações em torno da obra e imagem do poeta, um dos mais importantes artistas da música contemporânea brasileira.

Além de ser disponibilizado no formato digital, o álbum ganhou em breve uma versão em Áudio Espacial (Dolby Atmos) e uma edição especial em CD físico (Deluxe), com surpresas para os fãs e colecionadores.

Lançado em dezembro de 1988 com 10 faixas, o disco original deixou de fora sete músicas do repertório, por critério dos produtores e espaço no vinil original, e que hoje voltam ao público no novo álbum “O Tempo Não Para – Show Completo [Ao Vivo No Rio De Janeiro / 1988]” com sua ordem original. Três destas músicas acentuam a paixão de Cazuza pelo blues, como “Vida Fácil”, numa deliciosa e irônica versão noir, “Mal Nenhum” e “Blues da Piedade”, que ganha, junto com o lançamento, um clipe inédito dirigido por Barbara Coimbra com imagens do show e novas intervenções visuais.

As boas novas também trazem as guitarras indies de “Completamente Blue” e o rockabilly de “A Orelha de Eurídice”. E a linda versão ao vivo para “Preciso Dizer Que Te Amo”, mostrando porque ela é tão tocante e verdadeira até hoje.

Sucesso do álbum “Ideologia” (1988) e regravada por Gal Costa para a abertura da novela Vale Tudo, “Brasil” é um dos mais fortes temas inéditos deste show. E o álbum ainda presenteia os fãs com uma faixa-bônus, o discurso de Cazuza sobre o país pós ditadura militar. “Eu me arrependi quando fiz essa música [Ideologia], peço desculpas. Aquele garoto que ia mudar o mundo pode continuar a mudar o mundo, em qualquer idade. A gente muda e, se a gente muda, o mundo pode mudar também!”, incitou.

“’O Tempo Não Pára’ foi um show carregado de muita emoção e comoção; foi um abraço dos fãs do Cazuza em um momento único em sua vida e na de todos nós que o amamos. Poder comungar novamente dessa obra com coisas que nem mesmo eu conhecia é como um presente de Cazuza para todos nós, na data de seu nascimento. Cazuza vive e revive para sempre em muitos corações”, lembra Lucinha Araújo.

Se compararmos os set lists dos dois álbuns, perceberemos o quanto o espetáculo era ainda mais rico mantendo o roteiro inicial. A música “O Nosso Amor a Gente Inventa”, que estava na segunda metade do disco original, sobe e abre o bloco romântico do show; enquanto a faixa-título “O Tempo Não Pára” vai para o final da apresentação, como na concepção inicial de Cazuza.

Diretor musical do espetáculo e baixista da banda na época, Nilo Romero lembra que o disco foi gravado durante a turnê do álbum “Exagerado”, apresentado 44 vezes naquele ano, desde o primeiro show no pequeno AeroAnta, em São Paulo, ao último, no enorme Centro de Convenções de Recife, passando pela antológica gravação no Rio de Janeiro, dias 14, 15 e 16 de outubro, sendo lançado menos de dois meses depois.

“’O Tempo Não Pára’ foi o primeiro e único álbum ao vivo de Cazuza e o de maior sucesso em sua carreira, além do disco mais bem sucedido naquele ano”, lembra Nilo Romero. “Apesar das dez faixas do LP original sintetizarem um dos shows mais bonitos e emocionantes feitos por um artista brasileiro, músicas muito significativas, como ‘Brasil’ e ‘Blues da Piedade’, precisavam estar disponíveis para a posteridade”, opina o produtor, que coordenou a nova mixagem dos áudios – feitas por Walter Costa – e a remasterização de Ricardo Garcia.

Além de manter a ordem original do roteiro, concebido por Cazuza e Ney Matogrosso, que assina direção do espetáculo, Nilo selecionou falas inéditas do artista e momentos do show até então nunca revelados para este álbum, uma vez que ele tinha em suas mãos três dias de show gravados. “Foi bem difícil fazer esta seleção. Procurei escolher as falas que melhor traduzem sua personalidade, irreverência, naturalidade e empatia com o público. E, sempre que possível, escolhi takes alternativos das músicas que faziam parte do álbum original”.

Em “O Tempo Não Pára” e “Exagerado” foram utilizados momentos diferentes da captação já conhecida. É emocionante ouvir o público “abrindo” os versos de “Exagerado” a plenos pulmões a pedido de Cazuza: “Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade…”. Já outras músicas, Nilo prefere deixar para os fãs mais observadores descobrirem! “Foi um trabalho feito com muito prazer e emoção. Todos nós nos sentimos orgulhosos e privilegiados de termos feito parte deste show”.

Este abre-alas nas comemorações dos 65 anos de Cazuza torna ainda mais especial esse show clássico e fortalece a perpetuação da obra do cantor entre as gerações seguintes. Como ele mesmo citou ao final do show: “O tempo não para, gente! Eles vão passar; e a gente ó… passarinho” (Mario Quintana).

Via AI Universal Music



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