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89 FM troca uma ideia com os caras do Almost Monday

Redação 89

89 FM troca uma ideia com os caras do Almost Monday imagem divulgação

Os californianos do Almost Monday são um trio que já está há seis anos na estrada e acabou ganhando um incrível destaque no mercado americano com seu EP Don’t Say You’re Ordinary, lançado em 2020.

Desde o início do ano, os caras passaram a desfrutar de um reconhecimento global com o single “Live Forever”. A banda trocou uma ideia com nosso produtor Wendell Correia e falou de sua relação próxima com o Brasil.

Utilize o player abaixo e curta a entrevista na íntegra:

Transcrição da entrevista:

E aí? Como vocês estão?

E aí, tudo certo? Nós estamos bem.

Legal falar com vocês.

Sim!

Gostaria de começar falando sobre os shows. Vocês finalmente estão se apresentando ao vivo. Como está sendo para vocês?

Tem sido sensacional! Finalmente estamos tocando em alguns festivais. Foram há alguns meses. Tocamos no Firefly Music Festival e tocamos com outras bandas e tem sido bem legal. A razão pela qual fizemos a banda foi para tocar ao vivo. Então é legal finalmente voltar a fazer isso.

Estava assistindo uma apresentação de vocês no YouTube e é excelente para festivais. Como se sentem em relação a isso?

Sim, festivais são muito divertidos! Você consegue ver vários outros artistas também. Tem uma energia muito boa em festivais vindo do público, os fãs muito empolgados…Você consegue sentir a energia por todo o festival. É a melhor parte é que você pode fazer o seu show para as pessoas que estão empolgadas e depois sair do camarim e ver sua banda favorita que provavelmente também estará lá. Festivais são legais por causa disso.

Vocês costumavam ir em festivais antes de formar a banda?

Sim, fui para alguns festivais. Não para tantos quanto estamos indo agora.

E vocês divulgaram um line up de um festival que vão tocar que a banda principal é o Foo Fighters. Vocês costumavam ir aos shows do Foo Fighters. Quando perceberam que estavam fazendo algo grande como banda?

Não sei se já tivemos esse momento de sentir que estamos fazendo algo grande. Nós apenas estamos curtindo o percurso, fazer músicas, viajar e tocar em shows, tentando curtir tudo e ver o que mais acontece. Claro que tudo isso é muito legal. Então estamos empolgados para continuar fazendo isso.

Vocês fizeram algo muito legal no YouTube da banda que foi lançar os vídeos das músicas com as letras em português.

Sim!

Quem teve a ideia de fazer esses vídeos em português?

Temos muitos fãs no Brasil e muitos deles pediram para postarmos em português. Claro que o Brasil tem alguns dos melhores fãs do mundo, provavelmente você já saiba disso. Nós apenas queríamos dar a eles algo para deixá-los empolgados e entender as letras na língua que falam.

E vocês aprenderam alguma coisa em português?

Estávamos falando sobre isso antes da entrevista. Nosso baterista que toca com a gente nos shows é de São Paulo então ele está sempre falando em português e nós tentando aprender alguma coisa. Ele nos ensinou algo que já esquecemos, como “Oi, beleza?” e algo do tipo. Não sei muito bem.

Estou em São Paulo. A Rádio Rock fica em São Paulo.

Ah, legal!

E o que vocês aprenderam sobre o Brasil com ele?

Ele fala que os fãs são ótimos e as pessoas têm muita paixão. Queremos ir até aí e fazer um show o quanto antes.

Sim, o show de vocês seria muito legal de ver em alguns lugares por aqui e também em festivais como o Lollapalooza, que também temos aqui no Brasil. Seria perfeito para vocês. Tentem vir para um dos festivais.

Nós iríamos adorar!

No clipe de “Live Forever”, o Cole está em Porto Alegre. Vocês já têm uma relação legal com o Brasil. Pegou uma onda grande de Porto Alegre até San Diego.

Sim, foi das grandes.

Como foi gravar o clipe e como surgiu a ideia de estar em Porto Alegre no vídeo?

Estávamos com um destino tropical na cabeça e depois de ver que temos alguns fãs no Brasil, pensamos que seria o lugar perfeito. Eu li comentários dizendo que Porto Alegre não é como aparece no clipe.

Não mesmo.

Quando vi as pessoas questionando, achei que falhamos. Mas foi mais um “salve” para os fãs porque o lugar onde mais escutam nossa música é o Brasil, então queríamos homenagear de alguma forma. Mas lembro de ver comentários dizendo: “obrigado pela homenagem, mas Porto Alegre não é assim”.

Eu não sei se vocês também acham isso, mas muitos estrangeiros pensam que temos a Floresta Amazônica no Brasil inteiro. Mas não é assim. Mas ficou divertido, eu ri bastante. Temos muitos lugares diferentes aqui no Brasil, eu mesmo não conheço tudo.

A nossa intenção era homenagear mesmo.

Sim, ficou legal! Temos surfistas em praticamente todas as praias do Brasil e temos praias no Estado do Rio Grande do Sul. Foi legal a homenagem que fizeram! E falando sobre a nova música “Cool Enough”, o que ela significa para vocês?

A ideia da música é para não ter a obsessão para tentar se encaixar ou ser como alguém. A letra fala sobre isso e explora essa ideia. Essa foi a intenção da letra. A música veio naturalmente no estúdio. Juntamos as partes e virou a música. Foi esse o processo.

E como é o processo de composição na banda? Vocês escrevem a letra ou fazem a melodia antes?

Isso muda muito. Geralmente a melodia vem primeiro, 90% das vezes. Mas às vezes a ideia vem de um título ou algo assim que ajuda a criar a melodia e todo o resto. A forma que criamos, não diria que é aleatória, mas numa sala com uma guitarra é possível guiar o caminho para criar a música e mudar o que for preciso. Então é sempre interessante falar sobre o processo criativo porque não temos exatamente um método ou uma loucura para criar uma música. É apenas começar e ver o que acontece. É uma explicação estranha, mas é a nossa experiência com isso.

Quero falar com vocês sobre o começo da banda: vocês lembram do primeiro show como Almost Monday?

Sim! No nosso primeiro show, éramos em seis integrantes. Então tem três integrantes que saíram e começamos a fazer shows em uma loja de surf de um amigo. Esse foi meio que o primeiro show oficial do Almost Monday. Então continuamos tocando lá, conquistando um público. Muitos amigos mandavam mensagens para galera pra chamar pro show.

E por que os outros três integrantes saíram da banda?

Faculdade, não queriam mais fazer parte…vários motivos.

Vocês começaram a banda apenas para se divertir ou já tinham o foco para ser uma banda grande e profissional?

No começo foi só por diversão. Ainda é divertido. Mas acho que não tem nada melhor do que as pessoas estarem no seu show e se divertirem. A ideia vai mudando cada vez mais. Quando começamos, queríamos juntar amigos que tocavam vários instrumentos e montar uma banda para tocarmos juntos. Depois de algum tempo, alguns cansaram disso. Nós três gostávamos e queríamos continuar e foi assim que começamos.

Provavelmente eles se arrependeram dessa decisão de deixar a banda. E vocês queriam se chamar “The Monday”, mas esse nome já estava sendo usado, e aí decidiram se chamar “Almost Monday”, certo?

Isso! Nada muito especial.

E por quê “segunda-feira” (Monday)? Para vocês, é o dia favorito da semana ou é o mais odiado?

Provavelmente é o que menos gostamos. Provavelmente tem uma ironia, mas novamente eu não se tínhamos a intenção de nos chamarmos assim porque amamos ou odiamos a segunda-feira. Apenas aconteceu. É interessante porque os fãs e

outras pessoas perguntam por que o nome “Almost Monday” (Quase Segunda-Feira), eles mesmos criam um significado. E costumam gostar do nome. O que nos disse é uma boa razão do porquê temos esse nome. Obrigado por isso.

Não sei se aconteceu com vocês, mas quando algum amigo está escolhendo um nome para a banda, é uma tarefa difícil porque parece que todos os nomes legais já foram escolhidos. A música já tem uma história longa.

Sim, é verdade! É difícil criar um nome de banda hoje em dia.

E o que os inspira a criar novas músicas? No meio da noite, vocês escrevem uma nova música, toca guitarra ou baixo, criam um novo riff…como funciona para vocês?

Sim! Acho que nós, assim como outros músicos, quando estão ouvindo um som, pensam: “seria legal escrever uma música assim, com esse estilo.” Até clipes e essas coisas nos inspiram, assim como livros e filmes também. Geralmente eu crio uma ideia de melodia em lugares aleatórios, como uma loja, tomando banho ou dirigindo. E aí uso o gravador de voz do celular para gravar rápido. Provavelmente essa é a coisa mais artística que já aconteceu comigo: estava sonhando e ouvi uma melodia. Então eu acordei e lembrava da melodia por dois segundos. Então gravei. Mas quando acordei na manhã seguinte, achei a melodia horrível. Então acabei não usando. Mas a inspiração sempre vem de um lugar aleatório.

Mas continue gravando! Não sei se conhece essa história, mas o riff de “Satisfaction” dos Rolling Stones foi criado pelo Keith Richards quando ele acordou de madrugada. Aí tocou a guitarra, gravou e voltou a dormir. Quando acordou, viu que tinha gravado algo. E esse riff virou “Satisfaction”. Então, continue gravando.

Algum dia, a melodia que eu sonhar será boa. Você vai ver.

E você lembra qual foi a primeira música que escreveu para o Almost Monday?

Acho que foi uma música chamada “Wars And Gossip”, que é muito esquisita. Acho que essa foi a primeira. Tinha uma linha de guitarra que usava uma oitava inteira.

E individualmente, vocês têm uma música favorita que fizeram como Almost Monday?

Acho que uma das minhas favoritas é uma música que ainda não foi lançada. Mas entre as que já foram lançadas, para mim “Til The End Of Time” é a melhor. Eu

também gosto dessa e das que ainda não foram lançadas. Eu gosto de todas. Acho que são todas boas.

Vocês vão lançar álbum novo?

Não sei, vamos ver. Estamos com vontade de fazer um álbum, mas vamos manter o foco que é lançar alguns singles que ainda não foram lançados. Vamos fazer isso em breve e provavelmente depois disso vamos preparar um álbum completo.

Perfeito! Muito obrigado! Agradeço. Ansioso para ver vocês em breve no Brasil.

Obrigado, Wendell! Tenha um ótimo dia.



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