Bob Geldof revela que o Live Aid arruinou sua vida pessoal

Bob Geldof foi o grande mentor, ao lado de Midge Ure, seu companheiro de Boomtown Rats, do Live Aid, evento icônico ocorrido em 13 de julho de 1985 e que deu início às comemorações do Dia Mundial do Rock.

Os concertos beneficentes que rolaram simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e Filadélfia, nos Estados Unidos, arrecadaram mais de US$ 127 milhões para as vítimas da fome na África, mas tiveram um enorme custo para a vida pessoal de Geldof.

Numa entrevista concedida ao jornalista John Carucci, da Associated Press, divulgada neste fim de semana, o músico diz que o grande sucesso do evento beneficente tornou difícil a sua volta ao trabalho como músico.

“Eu não tinha muito dinheiro na época. Isso afetou inteiramente a minha vida privada. Provavelmente acabou me custando meu casamento (cerca de 10 anos depois ele se divorciou de Paula Yates)”, disse ele à AP.

“Sou um cantor pop. É literalmente assim que ganho meu dinheiro. Esse é o meu trabalho. Eu me levanto de manhã e se eu estiver no clima vou tentar escrever músicas. Vou tentar ensaiar”, comentou sobre as dificuldades enfrentadas.

Antes do Live Aid, que chegou para 95% dos televisores do planeta, Geldof e Ure lançaram “Do They Know It’s Christmas?”, single para levantar fundos para o combate à fome na Etiópia. A gravação foi realizada por um supergrupo, o Band Aid, formado por grandes nomes do cenário musical daquela época, como Bono, Sting, George Michael e Phil Collins. Em 2005 ele também esteve na organização do Live 8, evento que ocorreu em oito locais diferentes e teve o objetivo de chamar a atenção da comunidade internacional sobre a pobreza global.

Entrevista da AP na íntegra (em inglês) no link deste tuíte de John Carucci:

This post was last modified on 13 de julho de 2020 12:03

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