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Conversamos com o Dr. Roberto Zeballos sobre nova alternativa na luta contra a COVID-19

Redação 89

Conversamos com o Dr. Roberto Zeballos sobre nova alternativa na luta contra a COVID-19 imagem divulgação

A eficácia do uso de corticoide no tratamento de pacientes que enfrentam a COVID-19 está abrindo uma alternativa muito boa para ajudar o Brasil a vencer a pandemia. Quem iniciou essa terapêutica e comanda um estudo nesse sentido é o imunologista Roberto Zeballos, que conta com o apoio do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor). Ele relata registrar uma melhora surpreendente das lesões pulmonares observadas em pacientes infectados pela doença, logo após a administração do medicamento.

“Quando uma pessoa entra em contato com o vírus, o sistema imunológico prepara uma resposta de sete a quatorze dias. E é nesse período de infecção que uma minoria, cerca de  5%, apresenta um quadro inflamatório pulmonar. Então, chegamos a conclusão que funcionou porque inibe a reação imunológica frente ao vírus. E aquela tese que poderia replicar o vírus caiu por terra, porque o paciente sai com o vírus negativo”, explica Zeballos, deixado claro que o que coloca a vida em risco do paciente é a inflamação do pulmão desencadeada pelo vírus.

Segundo o especialista, esse estudo, que está sendo documentado neste momento, mostra-se importante porque diminui a necessidade de ventiladores. “Se entramos [com o medicamento] na hora certa, o paciente não vai pro tubo”. Ele acrescenta ainda que os bons resultados são importantes para diminuir o clima de pânico na população, neste momento em que se discute a eficácia de manter as pessoas dentro de casa. Sobre essa questão, comentou que um afrouxamento do isolamento seria possível em um cenário em que ocorra a diminuição do número de novos casos.

Zeballos sugere liberar gradualmente as pessoas de baixo risco, tomando os devidos cuidados – como o uso de máscaras em locais aglomerados e não descuidando da higiene – e deixar em casa apenas aqueles do grupo de risco. “Se ficar todo mundo de braço cruzado em casa, a população não vai se imunizar nunca, e o que controla uma epidemia, ainda mais esta que o ponto mais agressivo não é nem o vírus em si, mas a velocidade de disseminação – é a imunização”. Ele cita um recente estudo publicado pela revista Science que aponta o isolamento intercalado como melhor medida no controle para evitar a disseminação rápida. “O que controla uma epidemia é a imunização”, ressalta.

O otimismo em relação ao controle dessa crise também foi destacado na entrevista por Zeballos, que criticou o posicionamento da imprensa ao não destacar os casas de cura. “Tem muita gente curada. Há muitos que venceram a doença. Mas parece a Via Dutra, só mostram o número de acidentes e os caras que morreram, ninguém mostra o pessoal que chegou do Rio de Janeiro, que é um número muito maior”, comparou.

A entrevista na íntegra, conduzida pela apresentadora Marina Valsechi, está disponível no player abaixo:



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