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Exclusivo: Nickelback prepara documentário! Conversamos com o baixista Mike Kroeger

Redação 89

Exclusivo: Nickelback prepara documentário! Conversamos com o baixista Mike Kroeger imagem divulgação

Os canadenses do Nickelback se preparam para pintar aqui no Brasil. A banda é uma das atrações do festival “Itaipava de Som a Sol” e toca no dia 3 de outubro no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Além disso, também tem show agendado para a noite de encerramento do Rock in Rio, em 6 de outubro.

Para falar um pouco sobre a expectativa do grupo em voltar a tocar no Brasil, a 89 trocou uma ideia com o baixista Mike Kroeger, que revelou com exclusividade que o Nickelback trabalha neste momento na finalização de um documentário que deverá ser lançado em breve. Além disso, ainda comentou sobre o cenário rock´n´roll de Los Angeles (onde mora atualmente), falou que seria uma boa ver o retorno do Oasis e do árduo processo de preparar o setlist de uma banda com inúmeros sucessos. No player abaixo você confere a entrevista na íntegra que contém um recado especial para os fãs brasileiros:

Entrevista com Mike Kroeger

89FM: Vocês tocaram no Brasil em 2013. O que você lembra desses shows?

MIKE KROEGER: O que eu mais lembro é do público. Os brasileiros são fantásticos. Nós nos sentimos como se estivéssemos em casa e agora o sentimento é que estamos voltando pra casa.

89FM: Boa! E o que podemos esperar nesse ano para os shows de São Paulo e no Rio de Janeiro? E por que vocês demoraram tanto pra voltar?

MIKE KROEGER: (Risos) Bom, vamos tocar todas as músicas favoritas do Nickelback que a galera gosta e, também, talvez algumas músicas novas. Mas o porquê de demorarmos pra voltar, eu realmente não tenho uma boa desculpa pra você, nós somos “Bad Boys”. Nós estivemos em turnê em todo o mundo e demora um tempo pra você ir em todos os lugares e tal. Estamos voltando o mais rápido possível, mesmo não sendo o suficiente.

89FM: Vocês têm muitos fãs aqui no Brasil.

MIKE KROEGER: Eu sei, cara! Nós amamos nossos fãs brasileiros, eles são maravilhosos. Os fãs do Nickelback de todo o mundo são pessoas ótimas.

89FM: Dessa vez vocês vão fazer um show solo em São Paulo onde só vão tocar para os fãs do Nickelback. Esse show será ainda mais especial que os dos festivais?

MIKE KROEGER: Será muito especial por conta disso que você falou. Será um show nosso, não será em um grande festival, com outras bandas e tudo mais. É especial porque será a primeira vez que vamos tocar sozinhos para os nossos fãs fora de um festival no Brasil.

89FM: O Nickelback tem muitos hits. Como vocês preparam o setlist do show?

MIKE KROEGER: Não é fácil. Pra te falar a verdade é bem difícil. Não gostamos de fazer um show muito longo para não cansarmos o público. Então, nós concentramos as músicas em um “pacote”. Por isso, montamos um setlist com aquelas que as pessoas querem ouvir. Mas ao mesmo tempo, para os materiais novos entrarem, algumas músicas precisam sair. É muito difícil montar um setlist.

89FM: Eu imagino. Você tem alguma música favorita do Nickelback?

MIKE KROEGER: Em relação as músicas propriamente ditas, eu não tenho uma favorita. Mas em relação quando tocamos as músicas nos shows, eu gosto de tocar “Million Miles An Hour”. porque nós desenvolvemos muitos materiais visuais para essa música e, além disso, eu gosto de tocar heavy metal e essa é uma das nossas músicas que são próximas desse estilo.

89FM: Como vocês se preparam para os shows? Vocês têm algum ritual?

MIKE KROEGER: Nós nos juntávamos e tomávamos um shot de Jägermeister. Eu não gostava muito do gosto e há um tempo parei de beber álcool, então não fazemos mais isso. Agora não temos um ritual, temos mais um tipo de preparação. Fazemos alguns aquecimentos, alongamentos e tentamos tocar um pouco antes de subirmos pro paclo. Bem simples mesmo, não temos nenhum ritual maluco.

89FM: Vocês são do Canadá. O país tem vários músicos conhecidos como vocês, Drake, que é um grande sucesso, a Alanis Morissette…Como que está a cena de Rock Canadense na sua opinião?

MIKE KROEGER: Sabe que eu não sei cara? Eu moro nos Estados Unidos há uns 15 anos, diferente dos outros caras da banda que continuam morando lá. Então eu realmente não sei ao certo, mas aparentemente tem uma cena legal, porque estamos agora em turnê aqui (Canadá) e chamamos várias bandas daqui para abrirem nossos shows e eles são bem legais.

89FM: Onde você mora nos Estados Unidos?

MIKE KROGER: Eu estou morando em Los Angeles agora.

89FM: E o que você acha da cena musical de Los Angeles?

MIKE KROGER: A cena musical de Los Angeles está mudando bastante. Tem se tornando muito diferente. Tem surgido novas bandas Indie e é bem legal. Os meus filhos são músicos e compositores, então Los Angeles é o lugar para estarmos. A nova cena de Indie daqui está muito boa.

89FM: Agora falando sobre o futuro, o que podemos esperar do Nickelback? Vocês vão descansar depois que a turnê acabar ou já estão pensando em um novo álbum?

MIKE KROGER: Bom, estamos trabalhando em algumas músicas no momento. O Chad (vocalista) está com novas ideias, preparando as coisas, mas não temos nenhuma pressa, não estamos correndo pra fazer nada. O que nós estamos produzindo é um documentário que está sendo finalizado agora, eu não sei quando ele será lançado, mas é uma coisa que sairá em breve.

89FM: Legal! Como que ele é? É sobre a história da banda?

MIKE KROGER: Cara, é engraçado, porque tudo começou quando a gente foi gravar um vídeo promocional de 20 minutos e aí a gente percebeu que o material tinha ficado legal, então decidimos gravar mais e mais. Então, claro, tem toda a parte de história da banda, gravamos também falando sobre a relação entre nós. A gente levou a equipe de gravação pra uma parte da nossa turnê, então tem uma boa parte de gravação dos shows também. Era uma coisa que era pra ser de 20 minutos pra algo que vai durar bem mais.

89FM: E vocês vão lançar no YouTube ou algo do tipo? Você já sabe como vão fazer?

MIKE KROGER: Nós ainda não sabemos, estamos tentando resolver essa parte agora. Nós praticamente terminamos a parte de criação e agora estamos vendo como vamos fazer pra ele chegar nas pessoas, então estamos decidindo isso agora.

89FM: E você pensa em algum outro projeto na música sem ser com o Nickelback?

MIKE KROGER: Sabe cara, eu acho que o Nickelback me ocupa muito. Do jeito que está agora, virou algo muito grande que realmente ocupa todo o meu tempo. No momento eu acho que não consigo fazer nada além do Nickelback. Mas eu acho que eu gostaria de experimentar outros estilos de música, mas eu ainda não fiz nada. Eu passo muito tempo com a banda e, além disso, tem a minha família, com quem eu gosto de passar um bom tempo, então tá aí uma coisa que eu realmente preciso: tempo. Preciso de mais tempo.

89FM: Você acha que hoje em dia é mais fácil ter uma banda em comparação a época que vocês formaram o Nickelback?

MIKE KROGER: Hoje em dia é muito mais fácil a sua música alcançar as pessoas. É fácil fazer com que ela chegue para as pessoas. É mais fácil para que elas possam descobrir a sua música, mas é uma faca de dois gumes. Por causa dessa facilidade, todos conseguem fazer, então tem

muito mais competição. As pessoas conseguem te achar mais fácil, mas ao mesmo tempo tem muito mais coisa para se ouvir.

89FM: E como é ter uma banda com seu irmão por tanto tempo? Alguma dica para os irmãos Gallagher (Noel e Liam Gallagher do Oasis)?

MIKE KROGER: (Risos) Eu acho que eu não tenho nenhuma dica pros irmãos Gallagher. Eu gostaria muito que eles voltassem com o Oasis, mas ao mesmo tempo eu entendo que as pessoas têm motivos e que às vezes você precisa mudar algumas coisas para ser feliz e talvez seja isso o que tenha acontecido. Mas pra mim e meu irmão, nós sempre fomos muito parceiros em várias coisas da vida e ele nasceu primeiro, então sempre estivemos juntos, nossa relação só seguiu. É como se fosse uma continuação da nossa infância.

89FM: Nós temos uma pergunta que fazemos para todos os artistas que entrevistamos: O que o rock and roll te ensinou?

MIKE KROGER: O que o rock and roll me ensinou…o rock and roll nos levou para o mundo todo e o que ele nos mostrou é que em todos os lugares, as pessoas são pessoas, no Brasil, no Canadá, na França ou na Austrália, as pessoas são só pessoas. E pra mim essa é a lição, que nós temos mais coisas em comum e do que diferentes.

89FM: Na minha opinião, quando eu vejo um show de vocês ou alguma entrevista, sinto que estão numa fase que vocês fazem o que quiserem, vocês não têm mais aquela pressão como tinham no começo. É isso mesmo? E é melhor assim?

MIKE KROGER: Eu acho que você está certo. No começo é muito difícil, você tem que ser muito cauteloso, você sente que tudo o que você faz, tem um impacto direto na sua carreira e o quão bem sucedido você vai ser. Conforme o tempo passa você percebe que essas coisas realmente não importam mais e que talvez elas importassem antes, mas agora nós podemos fazer o que quisermos e estamos felizes por isso.

89FM: E quando vocês começaram, vocês acharam que ia dar tão certo? Acharam que o Nickelback seria tão grande?

MIKE KROGER: De jeito nenhum! Eu não acho que planejávamos que íamos durar mais que alguns anos, nós nunca consideramos fazer o que fizemos, isso tudo é uma surpresa pra nós.

89FM: Eu vi algumas entrevistas recentes suas e percebi que você gosta de usar camisetas que se referem a Coca-Cola, como uma que dizia “Enjoy Tokyo” e outra “Enjoy Choke”. Você gosta de Coca-Cola ou é o contrário?

MIKE KROGER: (Risos) Pra mim é engraçado que você percebeu isso, mas é verdade. Eu gosto da marca, daquele logo marcante, eu não gosto muito do produto em si. Não que eu odeie, eu acho normal, mas eu gosto muito do logo e do design e também quando eles mudam, como “Tokyo” e “Choke”. Eu gosto.

89FM: Você gostaria de mandar uma mensagem para os seus fãs e também pra aqueles que não gostam do Nickelback?

MIKE KROGER: Bom, eu acho que eu tenho a mesma mensagem para todos: venha em um show nosso e se divirta! Independente se você achar que gosta ou não de nós, sabe? Se você nos der uma chance, você pode descobrir que gosta da gente. A verdade é que os nossos fãs, que nos amam, sempre vem no nosso show e se divertem muito, mas você não pode fazer as pessoas gostarem de você. Se as pessoas não querem ir nos nossos shows, talvez elas não queiram gostar de nós, mas isso é tranquilo também, não tem problema. Mas a chave de tudo isso é que se você não gosta de alguma coisa, não escute. Simplesmente, não escute. (Risos) Esse é o melhor remédio. Não escute algo que não gosta (risos).

89FM: Boa, concordo com você! E o que você sabe sobre a música brasileira? Você conhece algo daqui?

MIKE KROGER: Não conheço muito não…Eu conheço algumas bandas brasileiras de metal como Sepultura, Soulfly e outras do mesmo estilo. Tem um tipo de música brasileira que eu realmente gosto, porque por um bom tempo meu filho fez capoeira, e eu gosto muito daquela música tradicional da capoeira. É fantástico, eu amo.

89FM: Legal, cara! Você deveria tentar quando estiver aqui.

MIKE KROGER: Eu acho que eu vou treinar jiu-jitsu quando estiver aí. Eu treino com algumas famílias brasileiras nos Estados Unidos, então eu gostaria de treinar aí no Brasil, seria fantástico entrar nessa bagunça.

89FM: Perfeito, Mike! Muito obrigado por dedicar esse tempo pra nós e pela atenção. Foi muito legal conversar com você.

MIKE KROGER: Muito obrigado! Agradeço também por esse tempo e espero te ver no show.

89FM: Espero te encontrar no show e aqui na Rádio. Acho que vamos nos encontrar por aqui.

MIKE KROGER: Ótimo, obrigado!



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