Segundo o dicionário, “Fundamento” é a base e o princípio de algo, as regras ou leis primordiais que regulam determinada coisa. Tudo que é “Concreto”. Com esse conceito, a banda CONGO BLUE acaba de lançar seu primeiro EP, já disponibilizado em todas as plataformas digitais.
Os músicos definem o álbum como um cartão de visitas da banda. “Este disco é para questionar o nosso comportamento, atitudes e o jeito que a sociedade olha para gente. Estamos aqui para desestabilizar, incomodar e fazer pensar. Isso que acontece quando se questiona a “base”. Nosso objetivo não é fazer com que as pessoas mudem, ou que elas sintam mal por serem como elas são, mas fazer com que elas se questionem. Muito Prazer, somos a CONGO BLUE”, afirma Pedro Palma em tom de manifesto.
O disco abre com a faixa “Começo do fim”, que conta a história de um homem que usa drogas, é uma metáfora da relação dele com as pessoas e a relação consigo mesmo. É para mostrar o que acontece quando você se deixa levar pelas pessoas que estão em volta, sejam elas amigos, sociedade. Esse tema é comum nas músicas de uma certa forma, essa busca do individual de nem sempre ir pelo coletivo. Você precisa estar certo do que você quer, não do que as pessoas colocam como certo.
“Concreto” traz em sua essência as angústias de um problema muito comum na sociedade atual, a ansiedade. O compositor e vocalista da banda, Pedro Palma, quis mostrar como é constante a busca por algo que dê segurança, que faça com que as pessoas sintam-se estáveis. “O grande lance é que nós, ansiosos, nunca encontramos esse “pedaço do paraíso” da tranquilidade. É uma utopia. As coisas são sempre frenéticas e caóticas”, declara Palma.
“Só mais um” é o questionamento interno de você se ver sempre fazendo as mesmas coisas, com um mesmo padrão de comportamento. Uma hora isso cansa, você não aguenta mais e precisa mudar. Aquele padrão já não se sustenta mais. Então, “Só mais um” chega a ser um grito de que “não dá mais”, então vamos buscar outro caminho.
O disco fecha com “Rótulos”, primeiro single lançado do EP, que é um grito de liberdade. “Essa música é e não é sobre eu ser gay. Mas é que somos criados pela sociedade para atender expectativas estabelecidas antes mesmo de nascermos, e isso inclui nos encaixarem dentro de uma sexualidade, profissão, padrão de beleza, papel social, etc”. ‘Eu não sou o que você pensa, eu não sou o que você quer’”, explica o músico.
Utilize o player abaixo e curta o som do CONGO BLUE aqui no site da 89:
This post was last modified on 20 de março de 2018 12:03