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Exclusivo: 89 conversa com Michael Poulsen, do Volbeat

Redação 89

Exclusivo: 89 conversa com Michael Poulsen, do Volbeat imagem divulgação

A 89 conversou com o Michael Poulsen, vocalista e guitarrista da banda Volbeat, que se apresenta no dia 23 de março no Lollapalooza Brasil, com promoção da A Rádio Rock.

Essa vai ser a primeira vez do Volbeat no Brasil, ele falou um pouco sobre sua expectativa para esse show e revelou que é um país que a banda queria muito conhecer.

Ainda sobre o Brasil, o músico lembrou que tem muitos amigos brasileiros que moram na Dinamarca e falou que por aqui tem boas bandas de thrash metal, como o Sepultura. Ele ressaltou também o talento das mulheres roqueiras e elogiou a banda Nervosa.

Michael está muito animado para tocar no Lollapalooza e conta que a banda irá preparar algo muito especial em breve.

Curiosidades sobre a família de Michael e a experiência de viver uma vida Rock N’ Roll, são alguns temas abordados nesta entrevista que pode ser ouvida no player abaixo.

Quem trocou uma ideia com o artista foi o nosso produtor Wendell Correia:


Transcrição da entrevista:

89FM: É a primeira vez do Volbeat no Brasil. O que vocês esperam para essa primeira vez?
MICHAEL POULSEN: Primeiro de tudo, estamos muito ansiosos para isso, porque como você disse, é a nossa primeira vez. Fazemos turnês e shows há muitos anos e ainda há alguns países que não tivemos oportunidade de visitar. E o Brasil é um país que queríamos muito conhecer! Eu tenho alguns amigos brasileiros que vivem aqui na Dinamarca, conheço um pouco do país por isso. Sei que são pessoas maravilhosas. Espero que captem uma boa energia de nós, porque nós, definitivamente, teremos um alto nível de boas energias quando estivermos no palco.

89FM: O que você sabe sobe o Brasil?
MICHAEL POULSEN: Tenho alguns amigos brasileiros que moram aqui na Dinamarca. Falando sobre música, sei que o Brasil tem boas bandas “thrash”, como por exemplo o Sepultura. Até as garotas são boas nisso. Conheço a banda Nervosa e gosto muito delas, são muito boas! É claro que sei sobre a parte difícil e assustadora do Brasil, mas o país tem muitas coisas maravilhosas, além das garotas, que são muito bonitas. Nós estamos muito animados e ansiosos para o show no Brasil.

89FM: Vocês estão preparando algo especial para o Lollapalooza Brasil?
MICHAEL POULSEN: Ainda não. Mas quando estivermos mais perto da data, com certeza pensaremos em algo especial porque é para o Brasil. Agora ainda não preparamos nada. Estamos aproveitando nossas famílias, filhos, esposas e namoradas. Mas quando for a hora de fazer a setlist para o Brasil nós provavelmente faremos algo dedicado a nossos fãs brasileiros.

89FM: Agora que você é pai, o que mudou na sua vida pessoal e profissional?
MICHAEL POULSEN: Bom, começamos com a banda muito jovens e há bastante tempo. Estivemos longe de casa durante muito tempo. Nos dedicamos muito nas turnês. Mas cheguei em um ponto em que eu precisava de outras fontes de energia na minha vida além de música e o trabalho. Eu amo o que faço e sou muito dedicado. O Volbeat é como meu filho. Hoje já sabemos o que iremos fazer porque nossa agenda é fechada antes do início do ano, e senti que precisava de algo além disso. Eu estava muito a fim de ter meu primeiro filho com minha namorada. Conversamos sobre isso e eu queria uma menina. E conseguimos uma menina! Ela está com sete meses agora. Meu foco não é mais a banda e os negócios o tempo todo, agora tenho esse pequeno ser humano que depende de mim e precisa da minha atenção. Eu gosto disso. É muito bom porque consigo desconectar um pouco e relaxar em relação a Volbeat. Ao mesmo tempo eu consigo trabalhar muito bem com a banda, tem feito muito bem para mim. Ainda não sei o que mudou nas minhas composições. Ainda queremos fazer algo que não fizemos antes. Ter um filho é algo que me trouxe muitas mudanças boas na vida e uma nova fase.

89FM: O que o Rock te ensinou?
MICHAEL POULSEN: O Rock não é algo que se aprende ou se compra, é algo que está no seu DNA. É sacrificar coisas em sua vida, como amigos, namorada, família, e dedicar sua vida à estrada da música porque tem certeza que nasceu para fazer isso. Eu tive e tenho a experiência de viver uma vida Rock N’ Roll. Isso é o que eu sou, eu vivo isso. O Eock é um estilo de vida, é algo emocional e quando você vive, você não pensa. É apenas o que você é. Não é algo para todo mundo. Quem tem isso no sangue está constantemente na estrada, fazendo música. As pessoas que se vendem e chegam ao mainstream facilmente, somem rapidamente, pois não tem o Rock e todo o seu significado correndo em suas veias. Estamos fazendo o Rock no Volbeat.

89FM: É verdade que você não é muito fã das redes sociais?
MICHAEL POULSEN: Eu cresci sem a internet, acho que a forma que tínhamos para nos promover tinha mais verdade e alma, não era tão fácil. Antes, para conseguir gravar seu trabalho, você tinha que rodar a cidade inteira com sua bicicleta para conseguir isso, tinha de ir atrás disso com toda a força. Para se promover era necessário distribuir muitos flyers, a essência desse esforço era muito legal. Era como se fosse Natal toda semana, ficar esperando o correio chegar com respostas das demos e das gravações que a gente enviava. Tinha mais alma e espírito nisso. Toda essa magia meio que desaparece quando você migra para a promoção na internet. Mas temos que aceitar que estamos em 2018 e é assim que a nossa geração é agora e se transforma cada vez mais. Tudo está a um clique de distância. Isso para mim é um pouco vazio. As pessoas estão perdendo a chance de sentir o que eles estão comprando ou assistindo. Agora todos dão opiniões sem nem antes pensar no que estão dizendo. Antes, se você tinha algo a dizer para algum artista que admirava você tinha de ir até a pessoa, conhecer de fato. Eu não sou fã dessa forma rápida de se promover. Mas tenho que admitir que economiza muito tempo também. Tem suas vantagens e desvantagens. O que quero dizer é que sinto falta quando as pessoas conversavam de forma humana, com mais respeito. Mas é assim agora e temos que saber como se comunicar com os fãs e se promover. A parte mais triste é que agora as pessoas se escondem atrás de uma tela, e antes tinha mais comunicação, mais respeito. O que eu mais sinto falta é a paixão de fazer as coisas de uma forma não tão fácil.



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