Backstage 89

Tudo aquilo (e mais um pouco) que você gostaria de saber sobre o mundo do Rock N Roll!

Por Claudio Dirani

Lou Reed nunca foi daqueles artistas com senso comercial aguçado. A verdade crua é que ele nunca teve mesmo a intenção de ser um roqueiro do “Top 10”, como outros de sua época. Do início ao fim, ele sempre deu preferência a seguir a inspiração: o que comprova sua sina como um dos pais do rock alternativo.

Parafraseando o mestre Brian Eno: “Apenas 30 mil garotos compraram o álbum de estreia do Velvet Underground… mas, com certeza, esses 30 mil decidiram formar a sua própria banda de rock depois disso…”, comprovando todo seu poder e influência.
Sua filosofia de ser criativo sem o compromisso comercial foi mantida até o fim com Lulu – álbum basicamente formado por narrativas minimalistas e composições musicais do Metallica.
O álbum foi esnobado pela crítica… Mas a intenção sempre expressar sua arte.

Clássicos

Apesar de não ter vendido milhões, Lou Reed ficou marcado por alguns trabalhos que chegaram a movimentar as paradas. O maior deles foi Transformer (1972) com os hits “Walk On The Wild Side” e “Satellite Of Love”. “Satellite” ganhou uma versão perfeita do U2 (lançada no lado B de “One”), entrando no setlist da ZOO TV Tour com participação “virtual” de Lou Reed, em um dueto com Bono.

O sucessor de Transformer foi Berlin, que chegaria em 7º lugar na Inglaterra, comprovando a sina de artistas americanos que fazem mais sucesso fora do país. Nos Estados Unidos, sua terra natal, o disco ficou apenas no 98º lugar.

Em 1992, Lou voltaria a lançar um disco bem recebido comercialmente: Magic and Loss, com o hit single “What’s Good”.

Homenagens

Logo após da notícia de sua morte, na manhã de domingo, as homenagens vindas do universo Rock And Roll começaram a aparecer. Em um de seus shows, o Pearl Jam cantou a balada “Man Of The Hour” e ainda interpretou “Waiting For The Man”, composição de Reed. David Bowie declarou que “Reed foi um mestre”. Outras centenas de recados foram deixados no Facebook por nomes como Morrissey, Tom Morello, Alex Kapranos e o The Who.

A Rádio Rock também deixa a sua homenagem: “Waiting for the man”…

Willian Maier: