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89 conversa com Charlie Benante, baterista do Anthrax

Redação 89

89 conversa com Charlie Benante, baterista do Anthrax imagem divulgação

A expectativa para os shows do Iron Maiden no Brasil é grande, já que a banda inicia a turnê do disco “The Book Of Souls” com uma grandiosa estrutura de palco e ainda trará duas incríveis bandas para a abertura das apresentações: Anthrax e The RavenAge.

O Anthrax entra no meio de toda essa expectativa em relação ao evento proporcionado pelo Iron, já que é um tradicional representante do heavy metal que lança na próxima sexta-feira (25) um novo trabalho, “For All Kings”, que terá a missão de suceder “Worship Music”, de 2011, que foi muito bem recebido por crítica e público.

O produtor da Rádio Rock, Wendell Correia, trocou uma ideia nesta terça (23) por telefone com Charlie Benante, baterista da banda, que falou sobre a expectativa de voltar a tocar no Brasil, a turnê ao lado do Iron Maiden e o foco no terrorismo neste novo trabalho do Anthrax que chegará às lojas.

89: Você já esteve no Brasil com o Anthrax algumas vezes, o que você lembra daqui?

Eu me lembro da primeira vez que fomos ao Brasil, no começo dos anos 90, eu estava encantando com tudo. Nos ficamos num hotel de frente para praia e eu lembro que todos queriam ir para praia e a equipe que estava fazendo nossa segurança disse que eles teriam que nos acompanhar. Nós perguntamos por que, e eles disseram que apesar de bonitas, algumas partes eram perigosas. Foi uma experiência engraçada e os shows foram ótimos.

89: Sobre os fãs, como eles se comportaram durante os shows da banda?

Eles são incríveis! Eu acho que as pessoas, os fãs no Brasil são muito apaixonados, especialmente com a música. Foi ótimo ver isso, que eles realmente amam esse tipo de música, e isso nos deixou muito mais felizes em tocar.

89:Você conhece alguma música ou banda do Brasil?

Hum, deixe me pensar qual é a banda mais popular no Brasil… Sepultura, é claro! Foram eles que fizeram um grande impacto. São ótimas pessoas, adoro eles!

89: O Anthrax vem ao Brasil em março abrir para o Iron Maiden, o que podemos esperar desses shows?

Nós vamos e queremos tocar algumas das músicas novas para o pessoal, porque estamos muito felizes com elas. Vai ser ótimo, nós e Iron Maiden! Um show incrível para assistir, estou ansioso para isso!

89: Na próxima sexta-feira, dia 26, a banda vai lançar o novo álbum, “For All Kings”. O que os fãs podem esperar desse álbum?

Eu acho que nossos fãs ficarão muito felizes com esse álbum, porque acho que é exatamente o que eles querem. É bem forte, “thrash” metal, tem ótimas partes de “heavy” metal e partes clássicas no estilo Anthrax. Todos que ouviram até agora gostaram, então estamos bem animados com isso. Acho que é um dos nossos melhores álbuns!

89: Qual a diferença do “For All Kings” dos outros álbuns do Anthrax?

Esse é o mais novo… essa é a diferença. Mas eu acho que esse é o próximo nível para nós, banda. Nosso último álbum foi o “Worship Music”, e as pessoas realmente gostaram do álbum. Eu acho que esse (“For All Kings”), é o próximo nível dele. As pessoas vão gostar bastante também.

89: Por que o nome “For All Kings” (Para Todos os Reis)? Existe alguma mensagem?

Se existe uma mensagem com o titulo é que “For All Kings” (Para Todos os Reis), significa que hoje, agora, nesse dia em que vivemos, existe um rei na vida de todas as pessoas. Sejam eles pais, professores, uma figura esportiva, alguém que você admire, e que também te faça se tornar um rei. Esse é meio que o tema do álbum.

89: Você acha que o Anthrax é um dos reis do metal?

Claro que sim!

89: Existe alguma chance do Anthrax vir ao Brasil com o “Big Four”?

Isso não é comigo, é com os outros reis… Metallica. (Risos)

89: O álbum tem uma faixa chamada “Evil Twin”. Ela está relacionada com o terrorismo, certo?

Sim… é como nós vemos o terrorismo, o que nós sentimos com isso. A música foi lançada coincidentemente na mesma semana em que aconteceram os ataques em Paris.

89: Como músico, como você se sente em relação ao ataque que aconteceu durante o show dos “Eagles of Death Metal”? Você conhece eles?

Eu não conheço eles. Mas eu me lembro de quando aconteceu, eu me senti terrível. Eu me senti mal especialmente em relação aos fãs, que estavam ansiosos pelo show. Não importa onde estavam, na escola, no trabalho, estavam animados para se divertirem naquela noite, mas mal sabiam que os planos seriam outros. Eu senti mal por isso, porque essas pessoas iam se divertir e isso foi tirado delas.

89: Falando sobre o que aconteceu com o Phil Anselmo, o que você acha que ele deveria fazer agora?

Eu acho que ele talvez devesse se afastar um pouco e voltar mais forte. Ele pediu desculpas pelo que fez e eu aceitei. Eu acho que as pessoas deveriam dar outras chances as pessoas.

89: Você conversou com ele sobre o que aconteceu?

Sim, eu conversei.

89: Falando sobre o Iron Maiden, o que você acha dessa nova turnê “The Book of Souls”? Você já escutou o álbum novo?

Sim, eu acho que tem músicas bem fortes nesse álbum, provavelmente é um dos melhores álbuns dos últimos anos.

89: Qual é a sua opinião sobre as músicas que estão sendo feitas hoje em dia? É verdade que você não gosta de “streaming”?

Eu não gosto de “streaming”. Nós, como artistas nós demos muito mal com isso, sabe? Todos que fazem alguma coisa precisam ganhar para sobreviver, então se você estiver fazendo música, que é o que você faz e ama fazer, você também deve estar sendo pago por isso. As pessoas estão simplesmente roubando isso. Como você é pago por isso? Não é justo. Eu acho que “streaming” é mais uma forma para isso, as bandas não estão sendo pagas. Eu acho terrível.

89: Falando sobre “For All Kings”… é verdade que durante a produção e gravação você passou mais tempo na sua casa?

Sim!

89: Como foi isso? Foi em Nova Iorque?

Não… eu vivo em Chicago já faz uns anos. Eu tenho meu estúdio aqui, que é onde eu trabalho e fiz parte das gravações aqui.

89: Como foi trabalhar com Jon Donais?

Ele é demais! Eu trabalhei bastante com ele nas guitarras. Jon é incrível e um ótimo guitarrista e nesse álbum ele esta pegando fogo!

89: Você se considera um dos maiores bateristas do heavy metal?

Ah, eu não sei (risos) … é o que dizem então eu apenas concordo e agradeço. Isso é ótimo e eu agradeço.

89: Sobre Jay Ruston, você acha que ele é um dos melhores produtores de heavy metal hoje?

Jay Ruston é incrível! Ele tem um ótimo ouvido e uma atitude muito boa sobre fazer música. Ele deixa as coisas muito fáceis para nós, é ótimo estar perto dele.

89: Você se lembra de onde estava quando recebeu a triste noticia sobre a morte do Lemmy?

Sim, eu estava em casa. Uma ou duas semanas antes, eu estava em Los Angeles para o aniversario do Lemmy, e nós tocamos algumas músicas. Eu me lembro de vê-lo naquela noite e dizer para mim mesmo que ele não parecia estar muito bem. Eu fiquei bem preocupado, e então me contaram que ele tinha falecido…Mas eu não acho que fiquei tão chocado, sabe?

89: Falando sobre Anthrax, qual você acha que será seu grande legado para o thrash metal?

Eu acho que o legado será a musica, claro. Nós saímos de Nova Iorque, éramos um grupo de crianças, que tinham uma missão. Nós queríamos fazer musica pesada e tornar isso popular e nós tivemos sucesso. Eu acho que nossa música irá viver para sempre, e que as novas gerações possam gostar disso. Eles eram de Nova Iorque… tocaram com o Public Enemy… fizeram parte de todo o movimento heavy metal…
Sabe, acho que é isso.

89: Existe alguma banda nova de metal que você gosta?

Eu gosto de algumas bandas novas, eu sempre fui fã da banda Ghost, eu acho que eles são ótimos. Tem uma banda nova que chama Deafheaven, eles são incríveis. Tem coisas que aparecem para mim e eu acho que são boas. Eu gosto de bandas que tenham sua própria identidade. Eu não gosto de bandas que soam como todas as outras bandas. Eu gosto de coisas únicas.

89: Manda uma mensagem para seus fãs aqui do Brasil…

Olá, aqui é o Charlie do Anthrax, mal posso esperar para ver todos vocês no Brasil com Iron Maiden e Anthrax!



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