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Dire Straits Legacy prepara álbum de inéditas

Redação 89

Dire Straits Legacy prepara álbum de inéditas imagem divulgação

A 89 conversou com exclusividade com Phil Palmer, guitarrista que já tocou com vários músicos influentes do universo do rock, como Eric Clapton, só para citar um exemplo.

Phil também faz parte do Dire Straits e atualmente ele comanda o projeto Dire Straits Legacy, que apresenta músicas do repertório da banda que marcou os anos 80.

Esse grupo tributo vai tocar no próximo dia 4 de maio no Espaço das Américas, em São Paulo, mostrando os grandes sucessos do Dire Straits para o público paulistano.

E o mais bacana nisso tudo é que algumas faixas inéditas, que o Dire Straits Legacy acabou de compor, poderão ser apresentadas nesse show.

Phil revelou para a 89 que a banda já tem cinco músicas novas prontas e deve gravar mais outras cinco até o final do ano, para daí lançar um disco cheio, que ainda não tem título definido.

Utilize o player abaixo e ouça a entrevista de Phil Palmer para a 89 A Rádio Rock:

Transcrição da entrevista:

89FM: O que você sabe sobre o Brasil?

PHIL PALMER: Eu já estive algumas vezes no Brasil e sempre me diverti. Estive com a banda do Eric Clapton pela Journeyman Tour no começo dos anos 1990 e ano passado tocando com o Eros Ramazzotti.

89FM: Desde 2013 você tem feito shows com o Dire Straits Legacy. Como aconteceu essa reunião e por quê decidiram fazer uma turnê mundial?

PHIL PALMER: Nós começamos como um conceito. Foi um projeto que começou com o italiano Marco Caviglia, que é muito fã do Mark Knopfler. E gradualmente, chamando um por um, ele teve a ideia de refazer a banda, incluindo alguns integrantes da formação original. E nos divertimos muito. O mais importante é que o primeiro show que fizemos foi em Roma na Itália para um público de seis mil pessoas. Então imediatamente entendemos que o Dire Straits é muito importante para os fãs e com isso começamos a desenvolver a ideia, que inclui quatro membros que tocaram na banda, que somos eu (na guitarra e vocais), Alan Clark (piano, órgão e teclados), Mel Collins (saxofone) e Danny Cummings (percussão e vocais) e as vezes temos convidados como o John Illsley, o baixista original, e então decidimos voltar a estrada e aqui estamos.

89FM: O Mark Knopfler tem conhecimento do Dire Straits Legacy?

PHIL PALMER: Sim, com certeza ele sabe sobre o que estamos fazendo. Quando discutimos sobre o projeto falamos sobre carregar o mesmo respeito e espírito da banda original. Ele não toca mais as músicas do Dire Straits. Ele quer preservar o espírito e a memória do que fizeram. Essa é a principal preocupação dele. Nós adoraríamos que ele fizesse parte disso, mas não acho que isso vai acontecer.

89FM: Qual você acha que é o maior legado do Dire Straits?

PHIL PALMER: É interessante falar disso, as músicas do Mark Knopfler são muito importantes para muitas pessoas no mundo. Trinta milhões compraram o álbum Brothers In Arms. Fez parte da vida delas. É por isso que eu acho que amam as músicas do Dire Straits, pois elas podem reviver alguns momentos divertidos que tiveram quando eram jovens. O interessante também é que o público está se regenerando. Inclui as pessoas da época da banda, mas também jovens de 16 anos que são fascinados pela história e querem ver ao vivo pela primeira vez.

89FM: Você tem uma música favorita do Dire Straits para ouvir ou tocar?

PHIL PALMER: Eu amo tocar “Telegraph Road”, é praticamente uma viagem. São longos arranjos durante 13 minutos. Então eu escolho “Telegraph Road”, “Sultans Of Swing”, claro, “Private Investigations”, “Romeo And Juliet”…eu amo todas na verdade! São músicas ótimas para ouvir e tocar e as pessoas adoram ouvi-las.

89FM: Estão preparando algo especial para os shows no Brasil?

PHIL PALMER: Vamos tocar todas as músicas favoritas do Dire Straits, como “Money For Nothing”, e as que eu já mencionei. Estamos trabalhando em algumas faixas nossas no estilo do Dire Straits e vamos toca-las no Brasil.

89FM: Você já tocou com muitos músicos na sua carreira. Tem algum que ainda não teve a oportunidade de tocar, mas gostaria?

PHIL PALMER: Sim, tem o Donald Fagen. Eu adoraria trabalhar com ele. Foi o responsável por formar a banda Steely Dan, e eles foram uma grande influência musical durante toda a minha vida. Ele é a única pessoa que eu sinto a falta de não ter trabalhado até agora. Mas tem vários outros que eu ainda não trabalhei. Eu toquei em mais de cinco mil músicas nos últimos quarenta anos. Tem sido uma trajetória maravilhosa.

89FM: Se você pudesse reviver algum momento da sua carreira, qual gostaria?

PHIL PALMER: Seria com a banda do Eric Clapton e também com o Dire Straits. É algo próximo. Isso foi entre os anos 1988 até 1992, quando eu acompanhei o Eric Clapton na Journeyman Tour. Nas duas últimas semanas dessa turnê eu estava trabalhando com o Dire Straits e foi muito produtivo. Foi um período muito bom para mim.

89FM: Da nova geração de guitarristas, quais você gosta?

PHIL PALMER: Eu gosto do americano Derek Trucks, que recentemente também tocou com o Eric Clapton. Também tem o John Mayer, que eu acho um ótimo guitarrista.

89FM: Qual é o futuro do Dire Straits Legacy?

PHIL PALMER: Estamos no processo de gravar novas músicas. Acredito que depois de seis meses vamos ter terminado esse projeto. Já gravamos cinco faixas e vamos gravar mais outras cinco. Então provavelmente ainda neste ano vamos ter um álbum completo para lançar.

89FM: O que mudou na indústria musical em relação ao início da sua carreira?

PHIL PALMER: Os computadores mudaram tudo. Acho que nos últimos vinte anos, principalmente dos anos 1990 até agora, mudou bastante. As pessoas não compram mais as músicas, elas fazem download. Então muitos dos problemas financeiros da indústria musical é por conta disso. Como músico, eu adoro fazer shows. Eu sempre quero me apresentar para o público e essa é uma das razões que eu vou tocar na América do Sul em breve.

89FM: Gostaria de dizer algo para os seus fãs brasileiros?

PHIL PALMER: Todos que adoram Dire Straits, tenha certeza que gostamos de tocar essas músicas. Venha nos assistir, vai ser muito divertido e com certeza vamos tocar as suas preferidas.



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